CLIENTE: O PODÓLATRA

Eu acho que essa é a postagem que mais fugir dos parâmetros convencionais de tudo o que eu escrevi até hoje.
Esse cliente negociou comigo sem  me dar nenhuma pista de que era um PODÓLATRA.
Pra quem não tem conhecimento do termo "podolatria", refere-se ao fetiche que certas pessoas, na sua grande maioria HOMENS, têm por pés.
Ele negociou a massagem comigo normalmente, naturalmente e em momento algum percebi nenhum traço desse fetiche que ele tinha. Pois bem...
Conversamos ,mais ou menos, durante uma semana.
Ele não fez perguntas relacionadas a sexo e sempre levou tudo muito a sério.

Até que um dia antes, ele fez a seguinte pergunta:

"Quanto vc calça??"

Na hora, não vi muito problema em responder, ainda que eu soubesse que toda pergunta exige uma resposta e sempre tem uma intenção por trás. Falei que calçava 39-40 e ele confidenciou que gostava de pés. Que tinha fetiche em pés masculinos.

Se eu disser pra vcs que não bateu uma curiosidade de ver, de conhecer como funciona esse universo, eu tô mentindo. Eu já tinha lido e visto algumas coisas sobre o assunto e dessa vez eu poderia ver de perto como a coisa funciona. Estava certo de que eu faria a massagem normalmente, mas nos último 10 minutos eu o deixaria "brincar" com meus pés.

Sou daquela tese que diz que: "Se tiver bom pra vc, bom pra mim, se estamos em comum acordo... vamos em frente!" . E ele veio.

Alto, magro, sorriso bonito, cabelo curto, aspecto muito limpo, shorts, camiseta e havaianas.
Era dia de folga dele. Por isso deu certo marcar a massagem pras 16h.
A massagem dele ocorreu normalmente, como acontece em todas as massagens. 
Ele relaxou e aproveitou.
Até que nos últimos 10 minutos, comecei a conhecer o universo da podolatria.

É importante salientar que: Não sou adepto da prática e nunca fui. Só abri essa exceção pq tudo foi previamente combinado e eu realmente queria conhecer o comportamento de um podólatra.

Em momento algum fiquei constrangido, pois nenhuma regra de conduta e bons costumes foi violada. 
Pelo que senti, o podolatra realmente entra num êxtase por ter em mãos o seu objeto de desejo. No caso: os pés. Percebe-se claramente uma mudança no olhar, no comportamento , na respiração. É como se uma criança tivesse  ganhando um presente que estava desejando há tempos. Entendo esse desejo, pois cada ser humano trás consigo suas compulsões e desejos tão íntimos, que nem sempre são revelados.

Beijos, carícias, cheiro no pé... Tudo isso aconteceu!
Num determinado momento, tive a impressão de que para ele, eu não estava ali. O que existia naquele momento era o cliente e meus pés. Só.
A podolatria tem sim a sua carga sexual, pois enquanto ele lambia meus pés, se masturbava.
Durante a realização desse desejo dele, não houve nenhum contato mais íntimo entre nós dois e acho que ele nem queria isso, afinal de contas, era um momento muito particular, um ritual muito próprio dele e e eu era somente um coadjuvante.
Engraçado! Pela primeira vez na vida, senti que meus pés foram mais importantes do que eu, pois tinham vida própria para aquele cliente.

Ele ejaculou sem a minha ajuda.
Deixei ele curtir aquela situação por mais uns 10 minutos além do tempo programado.
Achava uma judiação cortar aquele barato, já que ele tava curtindo tanto.

Percebo que para muitas pessoas, isso pode parecer algo forte demais. Mas até que se entenda a cabeça do ser humano, passa-se por uma discussão imensa sobre a sexualidade. É muito pano pra manga.
Vai ver que pra esse cliente, brechar pela fechadura seja uma coisa absurda. E isso, todos nós já fizemos pelo menos uma vez na vida. Será que existe um VOYEUR dentro de nós, esperando apenas uma situação, uma oportunidade para se manifestar?? Já pensaram nisso??

Quem vê esse cliente na rua, jamais imaginaria que ele tem esse fetiche por pés.
Quem vê cara, não vê desejos... não vê vontades!

E vc??
Quando vai marcar sua massagem comigo??

Ricardo